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domingo, 28 de março de 2010

Hipertensos devem procurar um médico antes de se vacinarem contra o H1N1

Um assunto que está dando o que falar na área de saúde é a vacinação contra a gripe H1N1. Nós recebemos mais de 800 perguntas na nossa página na internet. Tem muita gente preocupada.

Em muitos casos, a orientação é que a pessoa procure um médico antes de se vacinar. Às vezes, mesmo tendo uma doença crônica a pessoa não precisa necessariamente tomar a vacina. Um médico pode esclarecer essa dúvida.

A nova etapa da campanha vai até o dia 2 de abril. Ninguém precisa, também, ter pressa, correr até um posto. O Ministério da Saúde espera vacinar 20 milhões de brasileiros nesse período.


Veja algumas informações sobre a gripe A H1N1
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Vão ser vacinados os grupos que correm mais risco de ter complicações associadas a doença. Nesta segunda etapa, até o dia 2 de abril, serão grávidas, em qualquer período de gestação, bebês a partir de 6 meses e menores de 2 anos, pacientes de câncer e aids, pessoas de até 60 anos com doenças crônicas como diabetes, hepatite, hipertensão. Mas não são todas as doenças. É preciso procurar um médico para saber se é o caso de se vacinar.

“A hipertensão por si só não é um fator de risco para complicação pela influenza. Mas muitas vezes a hipertensão está relacionada a outras doenças cardiovasculares. O que nós orientamos é que as pessoas procurem seus médicos. Caso elas não estejam acompanhadas regularmente para saber se têm algum outro problema crônico especialmente cardiovascular e se teria indicação”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde Eduardo Hage.

Pessoas alérgicas podem tomar a vacina sem problema, só não pode quem tem alergia a ovo. Uma preocupação comum é se a vacina contra a gripe H1N1 tem efeitos colaterais fortes ou se pode levar alguém a desenvolver a doença. De acordo com o Ministério da Saúde, ninguém pega a gripe com a vacina e as reações costumam ser leves como dores no corpo e febre baixa e passam em até 48 horas.

“A vacina já foi utilizada em mais de 300 milhões de pessoas no mundo todo. Não têm sido registrado, comprovadamente, eventos adversos graves, ou mortes relacionados ao uso da vacina. Portanto a vacina é segura e desde que iniciamos a vacinação também no país não há ocorrência de eventos graves associados ao uso dessa vacina”, diz o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde Eduardo Hage.

Pessoas com obesidade mórbida devem se vacinar. Já os idosos, com mais de 60 anos, e com doenças crônicas não devem ir agora aos postos de saúde. Eles serão vacinados em outra etapa, que começa no mês que vem.

Gripe Suína afeta mais os pulmões

O vírus A(H1N1), causador da gripe suína, replica-se com mais facilidade nas regiões próximas aos pulmões, podendo infectar o órgão, enquanto o da gripe sazonal costuma permanecer no início do trato respiratório, até a traqueia. Além disso, o novo vírus provoca quadros ligeiramente mais graves do que a influenza sazonal. Essas conclusões estão entre os principais resultados de dois estudos, publicados hoje na revista americana "Science", que comparam a evolução das gripes suína e sazonal. O trabalho foi desenvolvido com furões - pequenos mamíferos, que são considerados bons modelos para o estudo de doenças ligadas às vias respiratórias.



A influenza costuma afetá-los de modo semelhante aos humanos. As equipes responsáveis pelos dois estudos - uma dos Estados Unidos e outra da Holanda - infectaram animais com o A(H1N1) e com cepas responsáveis pela gripe sazonal. O grupo americano dissecou os animais para verificar se outros órgãos eram afetados. Descobriram que o A(H1N1) também estava presente no intestino dos mamíferos, o que pode explicar a maior incidência de diarreia e náusea na gripe suína, sintomas presentes em 40% dos infectados no mundo.



Houve, no entanto, divergência entre os pesquisadores sobre a capacidade de transmissão dos microrganismos. Para os cientistas holandeses, o novo vírus é tão eficaz quanto as variantes sazonais. Já os americanos consideraram o A (H1N1) menos transmissível. Nos experimentos, furões gripados conviveram com outros saudáveis, compartilhando apenas o ar. Segundo os pesquisadores, a menor transmissibilidade se explica por causa de uma proteína presente na superfície do novo vírus que liga-se de forma ineficiente às células do sistema respiratório, explica Ram Sasisekharan, coautor do artigo americano e pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT).


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 6 de março de 2010

Tira dúvidas: vacinação contra a nova gripe

Governo explicou por que apenas alguns grupos serão vacinados.
As dúvidas mais frequentes sobre a vacinação contra a nova gripe, a maioria relacionada à vacinação de crianças, foram respondidas pelo Ministério da Saúde. Veja abaixo as respostas aos principais questionamentos:


Por que crianças acima de dois anos não podem tomar a vacina, já que elas vão à escola e estão expostas à contaminação?
De acordo com a recomendação da Organização Mundial de Saúde, adotada por todos os países que adquiriram vacinas, não há indicação de vacinar toda a população, porque o objetivo da vacinação não é evitar a infecção pelo vírus. Os principais objetivos são manter o funcionamento dos serviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia e diminuir o risco de adoecer e o número de mortes associadas à influenza pandêmica nos grupos mais afetados durante a primeira onda.
A OMS estabeleceu quatro públicos prioritários: trabalhadores de saúde, gestantes, população indígena e população com doenças crônicas de base. No Brasil, um consenso entre o Ministério da Saúde e diversas instituições, com base em critérios epidemiológicos, definiu outros três grupos para a vacinação. Esses grupos apresentaram, na primeira onda da pandemia, maior chance de ter doença respiratória grave e, consequentemente, morrer. São as crianças saudáveis entre 6 meses e 2 anos, adultos saudáveis de 20 a 29 anos e adultos saudáveis de 30 a 39 anos.

Já que foi organizada uma campanha tão grande e complexa, por que não vacinar toda a população?
A vacinação em massa para a contenção de pandemia não é o foco da estratégia de enfrentamento da segunda onda pandêmica em todo o mundo. Os objetivos, como já dito, são: manter o funcionamento dos serviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia e reduzir o risco de desenvolver doença grave e morrer associado à pandemia da influenza. Esses objetivos somente serão alcançados se houver o cumprimento do que foi estabelecido, conforme parâmetros técnicos vigentes até o momento.
É importante esclarecer que, nas Américas, além do Brasil, Estados Unidos e Canadá incluíram na população alvo a ser vacinada a população saudável. A maioria dos demais países irá vacinar apenas os quatro grupos recomendados pela OMS, demonstrando, assim, o esforço do Brasil em vacinar o maior quantitativo de indivíduos com risco de desenvolver doença grave ou morrer por esta doença.


Confira o calendário de vacinação

É possível tomar a vacina em hospitais ou laboratórios particulares? Eles estão autorizados a comprar e aplicar a vacina?
Não há nenhum veto a que a rede privada disponibilize a vacina. Mas é importante ficar claro que a oferta da vacina na rede privada não é de responsabilidade do Ministério da Saúde.

Quem está fora do público-alvo para a vacinação corre algum risco se for vacinado?
A vacina é contra-indicada apenas para quem tem alergia a ovo.

Como funciona a regra das idades? Uma criança que tem dois anos e meio pode ser vacinada dentro do grupo que tem entre seis meses e dois anos de idade?

A vacina está indicada para crianças entre seis meses e menos de dois anos completos.

A vacina é aplicada por injeção ou é via oral?
Injetável, intramuscular, no braço direito ou esquerdo.

A vacina tem efeitos colaterais?
A vacina é segura e já está em uso em diversos países, sem evidências de ocorrência de eventos adversos graves associados ao seu uso. Mas é importante ressaltar que nenhuma vacina está livre de alguma ocorrência mínima de efeitos colaterais.

fonte: G1-SP