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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Telemedicina nas ambulâncias reduz o número de mortes

Condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos e coordenadores do Samu passam nesta segunda (29) e terça-feira (30) por capacitação para o uso dos kits que vão permitir a análise de eletrocardiogramas em poucos minutos, diagnosticando o paciente antes que ele seja levado ao hospital.


A partir de abril, oito novas ambulâncias de suporte avançado do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu 192) passarão a contar com o programa em Telemedicina do Ministério da Saúde.


Os treinamentos estão sendo realizados por profissionais do Hospital do Coração de São Paulo, em parceria com o MS. “A viatura avançada atende o paciente com suspeita de enfarto e a equipe faz o eletrocardiograma, manda via celular para a central em São Paulo, que responde com o laudo e sugestão de tratamento. A ação diminui os custos hospitalares, já que o paciente é encaminhado diretamente para o hospital de referência”, explica o enfermeiro e membro do Instituto de Ensino e Pesquisa do HCor, Antônio Cláudio de Oliveira.


Cerca de 150 profissionais de toda a Bahia passam pela capacitação que está acontecendo na sede do Samu 192 de Salvador. O curso traz orientações sobre como utilizar a nova tecnologia de transmissão via ondas de rádio, a Tele-eletrocardiologia. O programa será estendido para o Samu de todo o Estado.


Salvador já conta com o programa desde 2007 e foi pioneira em todo o Brasil. Hoje, são quatro ambulâncias equipadas com o kit. “Com a telemedicina é possível definir um diagnóstico precoce e assim reduzir em até 20% o número de mortes por doenças cardiovasculares. Nos casos confirmados, por exemplo, podemos encaminhar o paciente diretamente para o Hospital Ana Nery, referência hoje em Salvador para doenças do coração, e assim ganhar tempo no tratamento”, esclarece o coordenador do Samu 192 de Salvador, Ivan Paiva.

Adesão baixa à vacinação contra a gripe suína preocupa

Menos de 30% da população do Estado de São Paulo adere à vacinação contra a gripe suína. Número é ainda menor entre doentes crônicos cuja adesão é de apenas 10%.

A menos de uma semana do fim da segunda etapa de vacinação contra a gripe suína destinada às grávidas, crianças de seis meses a dois anos e doentes crônicos, menos de 30% da população do Estado de São Paulo foi aos postos de saúde para se vacinar.



Esta sexta-feira (2) é o último dia da vacinação destes grupos prioritários que começou no dia 22 de março. Apesar de ser feriado de Páscoa, as unidades estaduais de saúde localizadas nas rodoviárias e no Instituto Pasteur em São Paulo estarão abertas, assim como as AMAs (Assistência Médica Ambulatorial). Já as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) ficarão fechadas no feriado, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Veja o cronograma completo de vacinação.


Ao todo, 1 milhão de pessoas compareceu às UBSs do Estado até o dia 24 de março, segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. O número é equivalente a 27,7% dos 3,6 milhões de pessoas que o governo espera vacinar até essa sexta-feira (2) em todo o Estado.


Para a coordenadora de Controle de Doenças do Governo do Estado de São Paulo, Clélia Maria Aranda, o número é razoável, e expressa o costume tipicamente brasileiro de deixar para fazer obrigações na última hora.


Chama sua atenção, entretanto, o fato de os doentes crônicos serem os que menos aderiram. Para a especialista isso pode ser um sinal da falta de informação sobre a própria doença e da necessidade de se vacinar.
- [A adesão à vacinação] está razoável. Cerca de 70% dos trabalhadores de saúde foram vacinados, enquanto 90% dos indígenas e pelo menos uns 20% entre os bebês e gestantes. Os doentes crônicos não são nem 10%, mas a gente está insistindo na divulgação, porque enquanto tem aquele que nem sabe que a vacina está disponível, há aqueles que têm dúvida e outros que têm receio ou estão esperando passar primeiro pelo médico para saber se podem tomar a vacina.


Para a coordenadora, vale ressaltar os tipos mais comuns de doenças crônicas e a necessidade de pessoas portadoras vacinarem-se.
- Vale a pena dar esse alerta sobre doenças crônicas como asma, diabetes, câncer, HIV, pessoas com insuficiência cardíaca e obesidade mórbida. Todas elas devem tomar a vacina. As pessoas ainda têm dúvida se a doença que ela tem é crônica.


Dados os casos de mortalidade no ano passado pela gripe, o objetivo da campanha de vacinação, segundo Clélia Aranda, é diminuir o número de mortes, em especial, entre os doentes crônicos.
- Vimos o risco de doença grave e de morte entre os doentes crônicos ao longo da pandemia no ano passado. A intenção [da campanha de vacinação] não é a de bloquear a expansão da epidemia, mas diminuir os casos de morte.


Questionada se o governo espera atingir a meta de 3,6 milhões, a especialista afirma que isso não depende apenas do governo, mas “da atuação do serviço de saúde em dispor a vacina e do esclarecimento das pessoas”.


fonte:R7
foto:AFP

2 de março. Dia Mundial da Cons­cientização sobre o Autismo

O autismo é uma doença que mexe com o comportamento de crianças e que, nem sempre, é percebida pelos pais, professores e amigos.


Sobre a doença.
Descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, tem uma variante, denominada Síndrome de Asperger (1944), em que as crianças apresentam picos de inteligência e linguagem desenvolvida. De acordo com um estudo Canadense, publicado em 2003, para uma população de 100 mil indivíduos registram-se, em média, 10 com autismo e 2,5 com Síndrome de Asperger.
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. Uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente. Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação da doença também são designados de espectro autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo.
O termo deriva do grego (autos = si mesmo + ismos = disposição/orientação).
Um dos mitos comuns sobre o autismo é de que portadores da doença vivem em seu mundo próprio, interagindo com o ambiente que criam; isto não é verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela está desinteressada dessas brincadeiras ou porque vive em seu mundo. Simplesmente ela tem dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa.
Em 2008, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu, em assembleia geral, 2 de abril como sendo o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo. Sessenta milhões de pessoas com autismo sofrem sem acesso a serviços públicos e privados necessários em todo o mundo. Esta data busca derrubar preconceito.


“Quando se trata de autismo, parece que estamos começando a Medicina”, diz o médico geneticista Salmo Raskin, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica. Segundo ele, não há pais que não fiquem apavorados quando o filho recebe o diagnóstico de autismo, que não tem cura. “Existe o estereótipo e até o preconceito”, diz.


“Quem já ouviu falar em autismo imagina aquela criança sentada de frente para a parede balançando a cabeça, em outro mundo, e isso é assustador”, diz Raskin. Hoje fala-se em transtorno do espectro autista, que tem um “leque” de possibilidades: a criança pode ter um alto comprometimento mental e outras síndromes associadas – e aí até caberia a cena descrita acima –, como pode ter pequenas dificuldades nas interações sociais e na comunicação, mas ter inteligência acima da média.


Se receber o diagnóstico de autismo pode ser desesperador, é fora do consultório que a batalha diária começa a ser travada – contra a doença e contra a falta de informação. “Na prática clínica observa-se que existe um incômodo ou angústia comum às famílias de pessoas com transtorno do espectro autista. Nem sempre o sofrimento é verbalizado ou claro, podendo causar até sintomas físicos nas pessoas que o vivenciam”, explica Julianna Di Matteo, psicóloga da Associação para Valo­rização de Pessoas com Deficiência (Avape) e especialista em Terapia Cognitiva Compor­tamental pela USP.


Cansaço: Nível de estresse de soldado
O nível de estresse em mães de pessoas com autismo assemelha-se ao estresse crônico apresentado por soldados combatentes, segundo estudo feito com famílias norte-americanas e divulgado no Journal of Autism and Developmental Disorders. De acordo com a pesquisa, mães que convivem com o autismo dos filhos empenham por dia duas horas a mais com cuidados do que as mães de crianças sem a síndrome, e têm mais interrupções quando estão no trabalho.
Ao longo do dia, elas também apresentaram duas vezes mais probabilidade de estarem cansadas e três vezes mais chances de passarem por um evento estressante. Segundo os responsáveis pelo estudo, é desconhecido o efeito a longo prazo sobre a saúde física dessas mães, já que o elevado estresse pode afetar o nível de glicose, o funcionamento do sistema imunológico e a atividade mental.


A causa do estresse familiar não está apenas nos maiores cuidados que uma criança com o transtorno exige (veja quadro ao lado). Socialmente, conviver com o autismo ainda é um desafio. “Ir ao supermercado ou shopping era complicado, pois o Gabriel gritava e ouvíamos: ‘Nossa!’, ‘Que horror!’, ‘Que criança estranha!’, ‘Que falta de educação!’”, conta.


Sintomas

Apoio
Famílias com caso de autismo deveriam receber apoio psicológico, pois apenas com familiares esclarecidos e unidos uma criança com autismo tem chances de se desenvolver, segundo a psicóloga Leda Fischer Bernardino, pós-dou­­tora em Tratamento e Prevenção Psicológica pela Universidade de Paris e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. “Os pais deveriam poder contar com atendimento individual e em grupos de apoio, pois é importante que eles possam entender o que acontece com o filho, como podem se relacionar com ele e, nos casos de intervenção precoce, como não desistir do contato significativo com o bebê. Se o casal não é ensinado a lidar com a situação de ter um filho com dificuldades especiais, até a vida conjugal fica seriamente perturbada”, explica Leda.


fontes: pe360graus/GazetadoPovo/JornalUberaba


Saiba mais: Mitos e Verdades sobre o Autismo

domingo, 28 de março de 2010

Hipertensos devem procurar um médico antes de se vacinarem contra o H1N1

Um assunto que está dando o que falar na área de saúde é a vacinação contra a gripe H1N1. Nós recebemos mais de 800 perguntas na nossa página na internet. Tem muita gente preocupada.

Em muitos casos, a orientação é que a pessoa procure um médico antes de se vacinar. Às vezes, mesmo tendo uma doença crônica a pessoa não precisa necessariamente tomar a vacina. Um médico pode esclarecer essa dúvida.

A nova etapa da campanha vai até o dia 2 de abril. Ninguém precisa, também, ter pressa, correr até um posto. O Ministério da Saúde espera vacinar 20 milhões de brasileiros nesse período.


Veja algumas informações sobre a gripe A H1N1
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Vão ser vacinados os grupos que correm mais risco de ter complicações associadas a doença. Nesta segunda etapa, até o dia 2 de abril, serão grávidas, em qualquer período de gestação, bebês a partir de 6 meses e menores de 2 anos, pacientes de câncer e aids, pessoas de até 60 anos com doenças crônicas como diabetes, hepatite, hipertensão. Mas não são todas as doenças. É preciso procurar um médico para saber se é o caso de se vacinar.

“A hipertensão por si só não é um fator de risco para complicação pela influenza. Mas muitas vezes a hipertensão está relacionada a outras doenças cardiovasculares. O que nós orientamos é que as pessoas procurem seus médicos. Caso elas não estejam acompanhadas regularmente para saber se têm algum outro problema crônico especialmente cardiovascular e se teria indicação”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde Eduardo Hage.

Pessoas alérgicas podem tomar a vacina sem problema, só não pode quem tem alergia a ovo. Uma preocupação comum é se a vacina contra a gripe H1N1 tem efeitos colaterais fortes ou se pode levar alguém a desenvolver a doença. De acordo com o Ministério da Saúde, ninguém pega a gripe com a vacina e as reações costumam ser leves como dores no corpo e febre baixa e passam em até 48 horas.

“A vacina já foi utilizada em mais de 300 milhões de pessoas no mundo todo. Não têm sido registrado, comprovadamente, eventos adversos graves, ou mortes relacionados ao uso da vacina. Portanto a vacina é segura e desde que iniciamos a vacinação também no país não há ocorrência de eventos graves associados ao uso dessa vacina”, diz o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde Eduardo Hage.

Pessoas com obesidade mórbida devem se vacinar. Já os idosos, com mais de 60 anos, e com doenças crônicas não devem ir agora aos postos de saúde. Eles serão vacinados em outra etapa, que começa no mês que vem.

Gripe Suína afeta mais os pulmões

O vírus A(H1N1), causador da gripe suína, replica-se com mais facilidade nas regiões próximas aos pulmões, podendo infectar o órgão, enquanto o da gripe sazonal costuma permanecer no início do trato respiratório, até a traqueia. Além disso, o novo vírus provoca quadros ligeiramente mais graves do que a influenza sazonal. Essas conclusões estão entre os principais resultados de dois estudos, publicados hoje na revista americana "Science", que comparam a evolução das gripes suína e sazonal. O trabalho foi desenvolvido com furões - pequenos mamíferos, que são considerados bons modelos para o estudo de doenças ligadas às vias respiratórias.



A influenza costuma afetá-los de modo semelhante aos humanos. As equipes responsáveis pelos dois estudos - uma dos Estados Unidos e outra da Holanda - infectaram animais com o A(H1N1) e com cepas responsáveis pela gripe sazonal. O grupo americano dissecou os animais para verificar se outros órgãos eram afetados. Descobriram que o A(H1N1) também estava presente no intestino dos mamíferos, o que pode explicar a maior incidência de diarreia e náusea na gripe suína, sintomas presentes em 40% dos infectados no mundo.



Houve, no entanto, divergência entre os pesquisadores sobre a capacidade de transmissão dos microrganismos. Para os cientistas holandeses, o novo vírus é tão eficaz quanto as variantes sazonais. Já os americanos consideraram o A (H1N1) menos transmissível. Nos experimentos, furões gripados conviveram com outros saudáveis, compartilhando apenas o ar. Segundo os pesquisadores, a menor transmissibilidade se explica por causa de uma proteína presente na superfície do novo vírus que liga-se de forma ineficiente às células do sistema respiratório, explica Ram Sasisekharan, coautor do artigo americano e pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT).


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 6 de março de 2010

Tira dúvidas: vacinação contra a nova gripe

Governo explicou por que apenas alguns grupos serão vacinados.
As dúvidas mais frequentes sobre a vacinação contra a nova gripe, a maioria relacionada à vacinação de crianças, foram respondidas pelo Ministério da Saúde. Veja abaixo as respostas aos principais questionamentos:


Por que crianças acima de dois anos não podem tomar a vacina, já que elas vão à escola e estão expostas à contaminação?
De acordo com a recomendação da Organização Mundial de Saúde, adotada por todos os países que adquiriram vacinas, não há indicação de vacinar toda a população, porque o objetivo da vacinação não é evitar a infecção pelo vírus. Os principais objetivos são manter o funcionamento dos serviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia e diminuir o risco de adoecer e o número de mortes associadas à influenza pandêmica nos grupos mais afetados durante a primeira onda.
A OMS estabeleceu quatro públicos prioritários: trabalhadores de saúde, gestantes, população indígena e população com doenças crônicas de base. No Brasil, um consenso entre o Ministério da Saúde e diversas instituições, com base em critérios epidemiológicos, definiu outros três grupos para a vacinação. Esses grupos apresentaram, na primeira onda da pandemia, maior chance de ter doença respiratória grave e, consequentemente, morrer. São as crianças saudáveis entre 6 meses e 2 anos, adultos saudáveis de 20 a 29 anos e adultos saudáveis de 30 a 39 anos.

Já que foi organizada uma campanha tão grande e complexa, por que não vacinar toda a população?
A vacinação em massa para a contenção de pandemia não é o foco da estratégia de enfrentamento da segunda onda pandêmica em todo o mundo. Os objetivos, como já dito, são: manter o funcionamento dos serviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia e reduzir o risco de desenvolver doença grave e morrer associado à pandemia da influenza. Esses objetivos somente serão alcançados se houver o cumprimento do que foi estabelecido, conforme parâmetros técnicos vigentes até o momento.
É importante esclarecer que, nas Américas, além do Brasil, Estados Unidos e Canadá incluíram na população alvo a ser vacinada a população saudável. A maioria dos demais países irá vacinar apenas os quatro grupos recomendados pela OMS, demonstrando, assim, o esforço do Brasil em vacinar o maior quantitativo de indivíduos com risco de desenvolver doença grave ou morrer por esta doença.


Confira o calendário de vacinação

É possível tomar a vacina em hospitais ou laboratórios particulares? Eles estão autorizados a comprar e aplicar a vacina?
Não há nenhum veto a que a rede privada disponibilize a vacina. Mas é importante ficar claro que a oferta da vacina na rede privada não é de responsabilidade do Ministério da Saúde.

Quem está fora do público-alvo para a vacinação corre algum risco se for vacinado?
A vacina é contra-indicada apenas para quem tem alergia a ovo.

Como funciona a regra das idades? Uma criança que tem dois anos e meio pode ser vacinada dentro do grupo que tem entre seis meses e dois anos de idade?

A vacina está indicada para crianças entre seis meses e menos de dois anos completos.

A vacina é aplicada por injeção ou é via oral?
Injetável, intramuscular, no braço direito ou esquerdo.

A vacina tem efeitos colaterais?
A vacina é segura e já está em uso em diversos países, sem evidências de ocorrência de eventos adversos graves associados ao seu uso. Mas é importante ressaltar que nenhuma vacina está livre de alguma ocorrência mínima de efeitos colaterais.

fonte: G1-SP

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Crianças também podem sofrer AVC

No ano passado, foram registrados 177 casos entre crianças até 14 anos.

A Secretaria de Estado da Saúde alerta para o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em crianças. Apesar de ser um problema que acomete, na maior parte dos casos, pessoas adultas, há risco também para os pequenos. Em 2008, foram registrados 266 casos, com 28 óbitos e, em 2009, foram 177, entre crianças até 14 anos de idade.


AVC ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para determinada área do cérebro, provocando um infarto ou hemorragia. Em 90% dos casos algum membro do corpo para de funcionar. Os sintomas mais freqüentes são: diminuição da força muscular, que pode ser localizada ou generalizada, perda da consciência, defeito no campo visual, dificuldade na fala, dor de cabeça, convulsão, entre outros."


Não existe prevenção para o AVC na população infantil. Algumas crianças fazem parte de grupo de risco para o AVC, como portadores de anemia falciforme, cardiopatia congênita, hipercolesterolêmia e diabetes. Os fatores de risco da doença na infância são diferentes dos casos em adultos (hipertensão arterial, obesidade, infarto)" , afirma o neuro-pediatra do Hospital Infantil Darcy Vargas, Paulo Breinis.


Existem dois tipos de Acidente Vascular Cerebral, o isquêmico e o hemorrágico. O isquêmico é mais comum, em que há uma interrupção da passagem do fluxo sanguíneo para uma determinada área do cérebro. E o hemorrágico, geralmente o mais grave, quando acontece o derrame cerebral, no qual, além da obstrução, existe vazamento de sangue. As seqüelas podem ser reversíveis, como num AVC isquêmico pequeno ou podem deixar seqüelas neurológicas importantes. O tratamento é baseado na reabilitação multidisciplinar com fisioterapia, psicologia e outros tratamentos."


Após o primeiro episodio, é realizada uma extensa investigação (laboratorial e neurorradiológica) para determinar-se a causa. O grande objetivo é que, se soubermos a causa, temos como evitar a repetição do evento AVC. A investigação sobre as causa do AVC na infância é fundamental. Mesmo assim, apesar de todo aparato médico científico tecnológico, ficamos sem saber o que realmente ocorreu em cerca de 30% dos casos." , completa Dr. Paulo Breinis.


fonte: SeccretariaDaSaúdeSP

Volta às aulas. Saiba como proteger suas crianças.

Coisas de criança.
Você sabia que o risco de acidentes de trânsito aumenta na faixa dos oito aos nove anos de idade? Nesta fase a compreensão é diferente da dos adultos e as crianças começam a sair das escolas sozinhas. Elas não tem a perfeita noção de quando podem ou não atravessar a rua, o que pode causar o acidente.
Distância – Tempo – Velocidade: uma criança não é capaz de avaliá-las corretamente.
Vida e morte, uma coisa só: a criança não crê na morte. Para ela vida e morte são brincadeiras e por isso ela não teme a morte. É melhor dizer que vai se machucar muito e que vai doer bastante.
Antes dos 12 anos, a criança tem muita dificuldade de se virar no trânsito, porque ela não é um adulto em miniatura. À medida que cresce, ela aprende.


De olho nas crianças


Por ser baixa, a criança não vê o que está acima dos automóveis estacionados, não sendo também vista pelos motoristas. Ela tem que ter muito cuidado ao atravessar no meio de carros estacionados. Além disso, ela vê por contrastes: precisa de 4 segundos para distinguir se um carro está em movimento ou parado. Por causa do tamanho, um carro menor de passeio lhe parece mais longe que um caminhão.

A criança sempre imita os adultos: se eles atravessam a rua, ela também acredita que pode. E se duas crianças estão juntas, de mãos dadas, ignoram o perigo.

Uma criança sempre procura satisfazer suas próprias necessidades. Por exemplo, chegar aos pais ou aos amigos que estão do outro lado da rua.

A criança e o trânsito
As falsas imagens: a rua é para ela um lugar de brincar. O automóvel parece gente e a passagem de pedestre, um lugar seguro.
Sensação de segurança: a criança pensa que nada pode lhe acontecer, principalmente perto dos pais, das babás, dos amigos, de sua casa ou da escola.
Seu campo visual é estreito. Vê somente o que está diante dela. Confunde tamanho e distância, ver e ser visto. Quanto ao som, ela não detecta bem de onde vem. Só entende os ruídos que lhe interessam.

De mãos dadas com a vida
Segure sempre firmemente a criança pelo punho (pelas mãos há ainda o perigo dela com um movimento brusco escapar), ao atravessar uma rua, pois caso contrário ela poderá soltar-se e ficar indecisa ou assustada no meio da pista. Aguarde a vez de atravessar a rua sem descer da calçada.
Olhar para os dois lados antes de iniciar a travessia, mesmo em via de mão única e sobre a faixa de pedestres. Primeiro olhe para a esquerda, depois para a direita.
Para que a criança crie o hábito de usar o cinto de segurança, é preciso que os adultos dêem o exemplo; explique que o cinto serve para sua própria segurança em caso de freada brusca do automóvel; assegure-se que o engate foi feito de maneira correta; não ceda aos apelos.
Ensine que a rua não é lugar apropriado para brincadeiras.
Insista que lugar de pedestre é na calçada, longe do meio-fio.
Você já foi criança mas talvez só agora saiba que trânsito não é brincadeira. Ensine seu filho, seu aluno. Quanto mais cedo melhor.
Gente que pensa vive mais.

fonte: DetranRS

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Respiração boca a boca reduz chances de sobrevivência

Diretrizes excluem procedimento da ressuscitação cardíaca e mantêm somente compressão no peito

Antes preconizada como parte importante da ressuscitação cardiopulmonar, a respiração boca a boca prejudica o procedimento e reduz as chances de sobrevivência do paciente com parada cardíaca. Estudos apontam uma taxa de sobrevivência três vezes maior em pessoas submetidas apenas às compressões contínuas no peito até a chegada de socorro. Por esse motivo, a Ilcor (Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação, na sigla em inglês), entidade que reúne as principais associações de cardiologia, mudará a partir de 2010 as diretrizes para procedimentos de emergência em parada cardíaca. De acordo com a nova orientação, somente a massagem cardíaca deverá ser aplicada pelo leigo."É simples entender por quê. Quando o coração para, o mais importante é manter o fluxo sanguíneo com a compressão. A respiração boca a boca é uma das causas que levam a diminuição do fluxo," afirma o cardiologista Sérgio Timerman, do InCor (Instituto do Coração).O consenso será publicado nos principais periódicos internacionais de cardiologia em outubro de 2010, mas já vem sendo discutido em vários países, incluindo o Brasil. O voluntário deve ficar ao lado do paciente e iniciar as compressões, pressionando a região entre os mamilos 4 cm para baixo e retornando à posição inicial até a ajuda chegar.
"O leigo deve esquecer a respiração boca a boca e aplicar somente compressão a partir de agora. Essa é uma das maiores descobertas da emergência cardiovascular dos últimos tempos. Para médicos, a orientação é que a massagem deve ser prioridade, antes de se preocuparem com choque, medicamentos etc.", afirma o cardiologista Manoel Canesin, coordenador do Centro de Treinamento em Emergências Cardiovasculares da Sociedade Brasileira de Cardiologia.Haverá mudanças também com relação ao uso do desfibrilador. A aplicação de choque pode ocorrer antes da massagem somente até cerca de quatro minutos após a parada do coração. Depois desse tempo, a compressão deve preceder o uso de desfibrilador. Isso porque, após esse período, há alterações metabólicas no organismo e o coração precisa ser preparado com a compressão antes de receber o choque.

27/10-2009 : FOLHA

Vc sabia?

WALT DISNEY ATUOU COMO SOCORRISTA E CONDUTOR DE AMBULÂNCIA DA CRUZ VERMELHA INTERNACIONAL NA FRANÇA NO ANO DE 1916.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Leigos não precisam saber fazer boca a boca para salvar vidas

Associação Americana do Coração diz que basta realizar as compressões cardíacas.
Entidade revisa periodicamente as técnicas mais indicadas de ressuscitação.

A Associação Americana do Coração apoiou formalmente através de artigo na revista "Circulation", na edição de 1 de abril de 2008, a técnica de ressuscitação cardíaca somente com compressões do tórax, para leigos.

A Associação é responsável por revisar as técnicas de ressuscitação cardíaca que são aplicadas no mundo todo, através de treinamentos padronizados.

A última revisão e mudança aconteceram em 2005, com a aprovação da diretriz de ressuscitação. O protocolo determinava que eram necessárias 30 compressões no tórax, associadas a 2 respirações.

A cada ano, somente nos Estado Unidos, ocorrem mais de 162 mil paradas cardíacas fora dos hospitais. O índice de sobrevivência sem atendimento é muito baixo, ficando em torno de 2%.

Se a vítima for atendida dentro dos primeiros 3 a 4 minutos por um socorrista treinado, e com a disponibilidade de um desfibrilador automático, essas chances podem chegar até 75%.

O problema é que quando uma pessoa não treinada, ou mesmo quem fez o treinamento, presenciava uma parada cardíaca de uma pessoa desconhecida, muitas vezes não se sentia à vontade de fazer respirações boca-a-boca.

Desde o ano 2000, pesquisas vinham mostrando que atender uma parada cardíaca somente com as compressões do tórax era eficiente.

Diante do número de trabalhos em modelos animais e dados de atendimentos orientados por telefone, encorajando as pessoas a fazerem pelo menos as compressões, se tornou necessário o apoio da Associação Americana do Coração a esse método.


A American Heart Association orienta que os indivíduos treinados em Ressuscitação Cardíaca, devem seguir o protocolo, intercalando as ventilações com as compressões até que socorro avançado chegue.

fonte: G1

Nove mitos sobre Primeiros Socorros

As medidas de primeiros socorros tomadas no local antes do paciente chegar ao hospital podem fazer toda a diferença.
E as famosas crendices e lendas populares são muitas vezes responsáveis pelos mais variados e absurdos equívocos.
A verdade é que ainda em pleno século XXI, a grande maioria das pessoas prefere seguir as determinações de benzedeiros, curandeiros e acreditar em crendices populares sem fundamento algum, ao invés de agir corretamente segundo o que determina a medicina.
Confira abaixo alguns dos erros mais comuns de primeiros socorros, e o que se deve fazer corretamente.

1. Chupar o veneno de uma picada de cobra
Cortar a pele da vítima para chupar o veneno pode ser uma técnica muito antiga e clássica de primeiros-socorros, mas atualmente isto é inútil e perigoso. Cortar, chupar e/ou aplicar um torniquete não ajudam em nada, essa prática antiquada nada mais faz senão atrasar o cuidado médico, contaminar a ferida e danificar talvez permanentemente nervos e vasos sanguíneos. O que deve ser feito é chamar ajuda imediatamente e levar a vítima em repouso para um centro especializado o quanto antes.

2. Urinar sobre a queimadura de água-vivaA não ser que more em Recife-PE, é muito mais provável sofrer uma queimadura de água-viva que um ataque de tubarão, logo é isto que precisa saber: Primeiro, não acredite nos rumores. Urinar sobre a queimadura não fará muito para aliviar o sofrimento e só vai fazer com que olhem torto para você.
Em vez de urinar, o melhor tratamento é o vinagre. Mas e se não houver vinagre? Algumas pessoas referem alívio com a urina, mas trata-se de efeito placebo.


3. Beber ajuda a aliviar a dor de dente.
Ao invés de uisque com gelo, peça só o gelo.

Um estudo canadense descobriu que passar uma pedra de gelo nas mãos alivia a dor de dente em 50% das pessoas. Pegue o cubo e passe-o na palma da mão em forma de V. A sensação fria viaja pela mesma via que a dor de dente, e ao esfriar as mãos anulam-se os sinais dolorosos.
Aí quando puder procure logo um dentista e depois sirva-se um drink, que ninguém é de ferro.


4. Lambuzar manteiga sobre as queimaduras
Colocar manteiga, margarina, ou qualquer tipo de gordura sobre uma queimadura pode prender o calor, causar cicatrizes ou levar a uma infecção. Quando você se queima, danifica a integridade da pele e a manteiga não é a coisa mais limpa do mundo.
O impulso de molhar a queimadura em água com gelo também não ajuda em nada. A mudança rápida de temperatura pode causar ainda mais dor. Ao invés disso, use água fria corrente em abundância, por uns 5 aa 10 minutos na parte afetada, para aliviar a dor e limpar bem a área queimada, e procurar um serviço de emergência o quanto antes.



5. Colocar um bife cru sobre um olho roxo
Nos filmes sempre se vê alguém colocando um bife no olho roxo depois de tomar uma sova. Mas mesmo que se sinta melhor, a gordura do bife poderia entrar no olho, causando ainda mais inflamação.
O frio diminui o inchaço, mas não há nenhuma outra propriedade do bife que ajude na melhora. A vantagem do bife é que este se amolda à forma do olho, o que pode ser feito também com bolsas de água fria, ou mesmo um saco plástico cheio de água fria e pedaços de gelo e envolta em uma toalha.
Entretanto nada disso vai ajudar a passar a raiva, sinto muito.


6. Colocar água oxigenada nas feridas e depois deixá-las secar
A água oxigenada é uma substância bastante tóxica para microorganismos e para o tecido humano saudável também, podendo piorar ainda mais a situação da ferida ao matar células do corpo do sistema imunológico. É muito melhor fazer um enxágue com água fria e corrente.
Limpe, trate e proteja. Logo após lavar deve-se passar um antisséptico, como iodo ou a popular Rifocina, para logo depois fechar e proteger a ferida com gaze e esparadrapo.
Além disso, qualquer ferida que ultrapasse a camada mais superficial da pele pode necessitar de pontos, e normalmente quanto mais cedo colocados, menor o risco de infecções.


7. Uma pessoa pode engolir a língua durante uma convulsão
É muito comum nos filmes. Alguém tem um ataque e logo alguém põe a mão na boca do paciente ou enfia uma caneta de atravessado para que a pessoa não engula a língua e bloqueie a respiração.
Essas pessoas podem controlar suas próprias vias respiratórias. Se você vir alguém tendo uma convulsão o que deve fazer é retirar de perto qualquer objeto que possa causa mais lesões a ela e segurar somente a cabeça para que não fique batendo no chão, e quando os tremores diminuirem (cerca de um minuto), vire a pessoa de lado para que se houver muita saliva a mesma possa escorrer e ela não fique sufocando. Simples que só.

8. Em picadas de abelha, deve-se puxar o ferrão
Nunca faça isso! Ao puxar o ferrão permite-se que o veneno nele seja injetado mais ainda no seu corpo. O melhor que pode ser feito é raspá-lo da pele com um cartão de crédito ou um instrumento similar. Se a pessoa picada começar a inchar muito rápido e ficar roxa, ligue urgentemente para o SAMU de sua região (192) pois ela está sofrendo de uma séria reação alérgica e pode ser fatal.
Outro remédio que funciona é colocar fermento em pó misturado com um pouco de água sobre o local logo após a picada. A picadura produz um ácido e o bicarbonato neutraliza este ácido.

9. Colocar a cabeça para trás para parar um sangramento nasal
Não coloque a cabeça entre as pernas nem a coloque para trás, especialmente o último pelo risco de aspiração do sangue ou mesmo que este entre no estômago e cause vômitos.
Deve-se pressionar a parte carnosa do nariz (não é aquela onde se apoiam os óculos), como se fosse prender a respiração. O mais importante é manter a cabeça ereta e prender o nariz por 10 minutos. Se após 15 minutos ainda houver sangramento é possível que exista uma lesão séria e deve-se procurar um serviço de emergência imediatamente.

Calçado para profissionais da saúde deve ser fechado e esterelizável

Em virtude da NR 32 - Norma que regulamenta a segurança e a saúde dos trabalhadores do setor médico, o Brasil lança um sapato que atende a essas diretrizes e que, segundo o fabricante, além de confortável, pode passar por várias esterilizações sem deformar


Assim como algumas profissões, que exigem vestimenta específica, o uniforme do profissional da área de saúde também deve ser confeccionado atendendo a algumas peculiaridades, como por exemplo, a necessidade de ser produzido de maneira que evite a proliferação de fungos, bactérias e infecções no ambiente hospitalar.

Devido à importância do tema, a NR 32, Norma Regulamentadora que visa estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança dos trabalhadores do setor de saúde, com o respaldo da Organização Mundial de Saúde, estabeleceu, entre outras medidas, que, em hipótese alguma, médicos e enfermeiros devem estar no seu ambiente de trabalho com sapatos abertos ou que contenham qualquer tipo de orifício que permita a circulação de ar e a provável proliferação de bactérias. A Lei se estende também para as indústrias farmacêuticas, onde os funcionários também foram proibidos de usar o propé.

A grande dificuldade desses trabalhadores, porém, é encontrar opções de calçados confortáveis e que atendam a NR 32. Em virtude dessa carência no mercado interno, muitos profissionais usam produtos desconfortáveis, modelos que causam dores, bromidrose (odor nos pés), feitos com material pouco resistente e que não podem ser lavados e esterilizados corretamente. Diante desta realidade e com o propósito de apresentar alternativas, a indústria brasileira de calçados, que é considerada a terceira maior do mundo, sai na frente de muitos países e mostra que tem tecnologia e mão-de-obra qualificadas para oferecer um produto adequado para esse segmento profissional.



Novidade brasileira

Um lançamento que já está sendo comercializado na região sul do País é o calçado unissex Isocalce, feito de TPE, que é um termoplástico de polimérico (mesmo material do êmbulo das seringas), flexível, de tecnologia nacional, com o selo conforto IBTeC - Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos e o Certificado de Aprovação (25479) do Ministério do Trabalho e Emprego.

"Sapatos apertados ou grandes demais comprometem a saúde dos pés, podendo prejudicar a coluna, a circulação sanguínea e causar bolhas e calos. Além disso, é imprescindível que o profissional use um calçado que tenha o tamanho do salto ideal para não cansar a panturrilha e ofereça diversas opções de numeração", explica a concluinte do curso de Fisioterapia Graziela Marques de Souza, que ainda lembra que o produto brasileiro é impermeável, possui um solado antiderrapante (para pisos secos), utiliza pequenas saliências para ativar a circulação do sangue e pode ser esterilizado inúmeras vezes em autoclave, a uma temperatura de 134º, sem prejudicar a sua forma.

Saiba mais no site www.isocalce.com.br

PCR ( Parada Cárdio-Respiratória)

Médicos preparam mudanças no socorro às vítimas vítimas de Parada Cardíaca.

A cada ano, o coração de 450 mil americanos e 260 mil brasileiros pára repentinamente de bater. A média mundial de sobrevivência a essa falha, conhecida como parada cardíaca, fica em torno de apenas 3%. O pouco sucesso em reanimar esses pacientes tem feito os cientistas pensar no que ainda falta descobrir para trazê-los de volta das fronteiras da morte com maior eficiência. "Precisamos achar novos caminhos para salvar mais vidas", disse à ISTOÉ Lance Becker, diretor do Penn's Centro de Ciência da Ressuscitação, na Universidade da Pensilvânia. No sábado 8, nos Estados Unidos, serão apresentados os últimos avanços nesse campo durante uma reunião agendada no congresso anual da Associação Americana de Cardiologia. O objetivo é discutir as novas regras de atendimento que serão divulgadas em 2010 pelo Comitê Internacional de Ressuscitação.

Mudanças serão feitas em pontos importantes. Uma delas é em relação à ventilação artificial. Hoje, o suporte é dado o mais rápido possível. Em dois anos, será usado somente se o indivíduo manifestar insuficiência cardíaca ou continuar inconsciente até dez minutos após a parada. A alteração se deve a um achado recente - e surpreendente - feito pelo médico Becker. Ele descobriu que as células do cérebro e do coração - as primeiras atingidas pela falta de circulação sangüínea nos minutos seguintes a uma parada - não morrem em quatro ou cinco minutos pela privação do oxigênio levado pelo sangue, como se acreditava. Ao contrário, elas continuam vivas por mais de uma hora e só deixam mesmo de funcionar quando o suprimento de oxigênio é reiniciado.

A explicação para o fenômeno é que as grandes doses de oxigênio fornecidas abruptamente inundam rápido demais as células já vulneráveis com nutrientes que podem acelerar sua degeneração e morte. "Por isso, os novos métodos de socorro prevêem o abastecimento de oxigênio de modo gradual e nos casos indicados", afirma Sérgio Timerman, diretor do Instituto do Coração (InCor) e das Escolas de Ciências da Saúde da Faculdade Anhembi Morumbi e membro do Comitê Internacional de Ressuscitação.



A respiração boca a boca também terá uso restrito. Há trabalhos provando que é melhor fazer a massagem cardíaca ritmada e contínua nos primeiros minutos do que interrompê-la para o boca a boca. Isso porque os movimentos ajudam a retomada da circulação de um modo mais fisiológico. Por causa dessa constatação, começam a surgir os primeiros aparelhos de massagem cardíaca, como o Autopulse. Ele se ajusta ao peito do paciente e faz o movimento em ritmo cadenciado e na pressão correta. Usada na Europa, a novidade está sendo avaliada pelo médico Timerman.

"Baixar temperatura corporal ajuda a preservar células"
Karl Kern, Universidade do Arizona

Em um futuro próximo, após o primeiro socorro o paciente poderá ser tratado com hipotermia, que corresponde a baixar a temperatura corporal de 36,5ºC para 30ºC a 32ºC. Dessa maneira, diminui-se o metabolismo das células, especialmente as do cérebro. É uma forma de reduzir danos a seu funcionamento. "O ideal é que os hospitais comecem a oferecer este método", afirmou à ISTOÉ Karl Kern, da Universidade do Arizona, Estado em que estão sendo criados centros com esse recurso. No Brasil, instituições de renome começam a se preparar para isso. No ano que vem, por exemplo, o InCor iniciará testes com a técnica.

FONTE: Isto É

Trauma

O trauma é reflexo da história da própria humanidade. Representa a terceira causa de morte nos países industrializados, superado apenas pelas doenças cárdio vasculares e neoplasias em todas as faixas etárias, porém se constitui na primeira causa de morte entre 1 e 44 anos de idade.
A prevenção é o melhor tratamento, mas uma vez que há falha neste nível, é imprescindível pensar no planejamento do atendimento inicial à este paciente na cena do acidente; assim como no hospital que realizará as primeiras condutas diagnósticas e ou terapêuticas; na transferência do paciente para um centro de tratamento definitivo, quando se fizer necessário, e também na fase de reabilitação.

O POLITRAUMATIZADO

O traumatizado deve ser considerado como um paciente prioritário, pela potencialidade de sua gravidade, pois pode ter suas funções vitais deterioradas em curto período de tempo, uma vez que o trauma grave freqüentemente produz lesões em vários órgãos dependendo do mecanismo de acidente e da região anatômica do organismo que foi atingida.

ETAPAS DO PICO DE MORTE

1º) Primeiro pico de morte:

Segundos e até minutos após o acidente.São mortes causadas por lacerações em tronco cerebral, medulas espinhal altas, lesões de aorta e ou grandes vasos com sangramento profuso.

2º) Segundo pico de morte:

Variam de minutos a algumas horas após o acidente...Estas mortes são causadas principalmente por , hemopneumotórax, lesões de fígado, de baço e fraturas pélvicas com sangramento intenso.Estes são chamados pacientes potencialmente salváveis, isto é, seriam salvos se beneficiados por um sistema de atendimento pré-hospitalar adequadamente planejado e regionalizado.

No segundo pico de morte é chamado ‘’HORA DE OURO’’( GOLDEN HOUR) do traumatizado.

3º) Terceiro pico de morte:

Neste período é considerado dias ou semanas após o trauma.São decorrentes de infecções ou falências orgânicas.Esta fase está comprometida pela qualidade do atendimento inicial prestado



ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR



O atendimento pré- hospitalar compreende três etapas:

Ø Atendimento na cena do acidente;

Ø Transporte rápido e com segurança até o hospital;

Ø Chegada no hospital.

Uma assistência adequada e qualificada é fundamental para o paciente chegue ao hospital com vida.Estatísticas norte americanas revelam que metade dos acidentes e de números de óbitos registrados revela que 50% dos óbitos poderia ser evitado se tivesse um atendimento adequado.

ATENDIMENTO INICIAL

O traumatizado,como já foi mencionado,deve ser considerado um paciente potencialmente grave,por isso,o atendimento inicial se faz prioritário,seguindo uma seqüência lógica centrada na estabilização dos sinais vitais da vítima.Portanto a primeira abordagem deve ser realizada em hospital especializado e equipado,para estabilização do paciente,sob o ponto de vista de materiais e acima de tudo,pessoal competente e qualificado para um atendimento adequado.

TRIAGEM

A triagem é baseada na necessidade de restabelecimento dos sinais vitais da vítima e as condições do hospital que irá proceder tal tratamento.Portanto a primeira triagem se dá na cena do acidente e é de responsabilidade da equipe de atendimento pré-hospitalar e mais tarde no ambiente hospitalar:

Ø Pré – hospitalar: Quando o numero de vítimas excede as condições de transporte da cena do acidente até o hospital,é de responsabilidade desta equipe triar os pacientes que deverão receber o primeiro atendimento,prioridade para transferência e qual hospital mais indicado para tratar as lesões.

Ø Quando o numero de vítimas superar as condições do hospital para onde foi transportado,sob o ponto de vista de recursos humanos e materiais,os pacientes deverão ser triados, pela equipe do trauma,para serem submetidos ao atendimento inicial e tratamento definitivo ou possível transferência;

Ø Mobilizar outros hospitais para o recebimento das vitimas do acidente;

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA



A avaliação inicial deve identificar lesões que comprometem a vida do paciente e,concomitantemente,estabelecer condutas para a estabilização dos sinais vitais e tratamento desta anormalidades.

Este processo se constitui no ABCDE do atendimento ao traumatizado,a saber:

A- Abordagem das vias aéreas,com imobilização de coluna cervical;

B-Controle da respiração e ventilação;

C-Circulação e controle de hemorragias;

D-Avaliação neurológica; AVDI

E_Exposição completa do paciente e medidas para evitar hipotermia.

A) VIAS AÉREAS COM CONTROLE DA COLUNA CERVICAL:

A avaliação inicial deve identificar rapidamente sinais sugestivos de obstrução de vias aéreas,através da inspeção da cavidade oral e observação de alguns sinais que possam indicar hipóxia e obstrução:

Ø Agitação motora-sugere hipóxia;

Ø Sonolência-sugere Hipercabia;

Ø Cianose –sugestivo de hipóxia;

Ø Sons anormais (roncos)-obstrução de faringe;

Ø Disfonia-obstrução de laringe.

Concomitante á estabilização das vias aéreas deve-se proceder ao exame da integridade da coluna cervical,através do exame físico,neurológico e sinais sugestivos de lesão nesta estrutura,e associar os achados ou ausência de sinais com mecanismo de trauma.As manobras realizadas não podem converter uma fratura estável em uma lesão com comprometimento neurológico.

Regra: Todo paciente com múltiplos traumatismos,com lesões aparentes acima das linhas claviculares e,especialmente,com alteração do nível de consciência,deve ser considerado como portador de lesão em coluna cervical.


B) RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO:

A permeabilidade das vias aéreas não garante uma ventilação satisfatória do paciente,para isso é fundamental um adequado funcionamento do tórax,pulmões e diafragma.Algumas situações podem comprometer a ventilação,a saber:

Ø Pneumotórax Hipertensivo;

Ø Contusão pulmonar;

Ø Pneumotórax aberto;

Ø Hemotórax maciço.

C) CIRCULAÇÃO COM CONTROLES DE HEMORRAGIA:

A hipovolemia com conseqüente choque hemorrágico é a principal causa de morte em paciente traumatizados.Alguns parâmetros são fundamental importância na avaliação inicial e determinação da hipovolemia:

Ø Pulso;

Ø Cor da pele;

Ø Enchimento capilar;

Ø Pressão arterial;

Ø Pressão de pulso;

Ø Sudorese.

D) AVALIAÇÃO DO ESTADO NEUROLÓGICO:



Uma rápida avaliação do padrão neurológico deve determinar o nível de consciência e a reatividade pupilar do traumatizado.A escala de coma de Glasgow pode ser usado na cena do acidente e em uma avaliação secundária:

Na avaliação inicial usamos o método proposto pelo ATLS:

A- Alerta:

V-Resposta ao estimulo verbal;

D-Responde a estimulo doloroso

I-Inconsciente.

E) EXPOSIÇÃO DO PACIENTE COM CONTROLE DE HIPOTERMIA:

O paciente traumatizado deve ser completamente despido de suas vestes para facilitar o exame completo e a determinação de lesões que podem representar risco de morte.

A Proteção do paciente contra hipotermia é de suma importância,pois cerca de 43% dos pacientes desenvolvem este tipo de alteração durante a fase de atendimento inicial,com redução de 1ºC a 3ºC,comprometendo o tratamento por aumentar a perda de calor.

Alguns fatores que Predispõe o traumatizado a desenvolver hipotermia:

1) Edema e hipoglicemia são fatores que comprometem a produção de calor;

2) Trauma associado à intoxicação por álcool ou drogas tem maior perda de calor;

3) Trauma craniano pode comprometer o centro termorregulador;

4) Infusão de líquidos não aquecidos durante a fase de restabelecimento dos sinais vitais;

5) Tempo de Exposição á ambiente frio ,molhado,e outras condições que podem provocar hipotermia;

6) Uso prolongado de roupas molhadas.

O tratamento do paciente hipotermico deve sempre estar no ABCD:

1) Permeabilizar as vias aéreas;

2) Administrar oxigênio com mascara com fluxo de 10 litros/minuto;

3) Proceder às manobras para intubação se for necessário; Procedimentos do médico

4) Aquecer o paciente com aquecedores elétricos, cobertores e aquecer o ambiente (sala de trauma)

5) Administrar glicose hipertônica na evidência de hipoglicemia; Procedimentos do médico

6) Administrar líquidos aquecidos por via endovenosa; Procedimentos do médico

7) Proceder a lavagem gástrica com soro aquecido; Procedimentos do médico

8) Se o paciente for submetido ao lavado peritonial diagnóstico, este procedimento deve ser realizada com soro aquecido.Procedimentos do médico

Outro importante aspecto a ser pesquisado na avaliação primária é o mecanismo do trauma, que muito facilita na determinação das lesões.Sempre que houver condições deve-se questionar com a vítima, familiares ou equipes de atendimento pré-hospitalar qual foi o tipo de acidente.A resposta obtida permite uma associação com possíveis lesões, algumas estão descritas á seguir:

Mecanismos de Trauma e Possíveis Lesões



IMPACTO FRONTAL

Ø Lesão de coluna cervical;

Ø Lesão de tórax;

Ø Contusão cardíaca;

Ø Pneumotórax;

Ø Transsecção de aorta (desaceleração);

Ø Lesão de fígado e/ou baço;

Ø Lesão de joelho e/ou quadril;

Ø Lesão de punho, cotovelo, joelho, quadril;



IMPACTO NA LATERAL DO VEÍCULO



Ø Fratura de coluna cervical;

Ø Lesão contra lateral do tórax;

Ø Lesão lateral do tórax;

Ø Pneumotórax;

Ø Ruptura traumática da aorta;

Ø Ruptura diafragmática

Ø Lesão de fígado ou baço (dependendo do lado do impacto); Fratura de pélvis ou acetábulo;

EJEÇÃO PARA FORA DO VEÍCULO:

Aumenta significativamente o padrão das lesões, expondo o paciente a um maior risco de morte pela associação de um grande número de mecanismos de lesões.

FALTA DO CINTO DE SEGURANÇA



Ø Lesão torácico abdominal;

Ø Lesões de crânio, face, coluna cervical;

Ø Ejeção do veículo.

IMPACTO NA TRASEIRA DO AUTOMÓVEL

Ø Fratura de coluna cervical.